Após alta a R$ 6,30, dólar tem queda de 2% com leilão do Banco Central; Ibovespa avança
- LUCIANO Carneiro
- 19 de dez. de 2024
- 2 min de leitura

O dólar disparou na manhã desta quinta-feira (19), chegando a atingir R$ 6,30, mesmo com o Banco Central (BC) tentando segurar a moeda com um novo leilão. Diante da escalada, o BC realizou um segundo leilão, injetando US$ 5 bilhões no mercado.
A medida surtiu efeito: logo após a venda, o dólar chegou a recuar 2%. Às 11h17, a moeda americana operava em baixa de 1,72%, cotada a R$ 6,1820. O Ibovespa, por sua vez, aproveitou o momento e subia 0,66%, alcançando 121.567,86 pontos.
Vale lembrar que, mais cedo, o BC já havia vendido US$ 3 bilhões à vista em outro leilão, o quinto realizado na última semana. E as ações do BC não param por aí: ainda nesta quinta, a autarquia realizará um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
Apesar da reação momentânea, o clima no mercado continua tenso. Investidores temem que novas medidas econômicas não sejam aprovadas este ano ou que sofram alterações significativas no Congresso, perdendo força.
A pressão sobre o real já vinha forte, com a moeda americana batendo novos recordes. A situação se agravou após o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, anunciar o corte de 0,25 ponto nos juros americanos e sinalizar que deve reduzir o ritmo de novos cortes no próximo ano.
Na quarta-feira (18), o Ibovespa já havia sentido o baque, fechando com uma queda expressiva de mais de 3% – o pior desempenho em dois anos. Esse tombo foi reflexo das mesmas preocupações que rondam o mercado: o cenário fiscal brasileiro e a perspectiva de menos cortes de juros nos Estados Unidos.
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